Rádio

quinta-feira, 7 de março de 2013

A Seleção

Confesso que protelei bastante antes de começar a ler este livro por ter triângulo amoroso. Não sei porque, mas não gosto muito desse tipo de história, pois a gente sempre prefere um e no final a mocinha ou mocinho acaba escolhendo o outro, e inevitavelmente, isso faz com que desgostemos do livro ou do autor (de certa forma).

Contudo, me surpreendi muito com a Seleção, desde o início é impossível não gostar de América, ela é  meiga quando tem que ser e teimosa e obstinada (herança de sua mãe), tudo na medida certa, pois sobreviver em um país em que o estrato social é regido por castas, não é nada fácil. E, por pertencer à casta cinco, ela e sua família  são músicos, e podemos considerá-la uma musicista das melhores. O que apreciei na personagem é que em nenhum momento ela se deixa abater pelo fato de pertencer à casta cinco e sabe se dar o devido valor. Prova disso é a seleção.

Depois de prometer a sua mãe que participaria da seleção e de passar por uma desilusão com Aspen, que deixou seu orgulho e machismo falarem mais alto, América não vê outra alternativa  senão aceitar ir para o palácio após ser uma das 35 garotas a disputar o coração do príncipe (mega charmoso) Maxon. Com isso agrada sua mãe e sua irmã mais nova, que é uma fofa e tem a oportunidade de tentar esquecer Aspen e toda a dor que ele lhe causou.

Com regras rígidas a serem seguidas, América quebra uma das mais importantes em sua primeira noite no palácio: sair sem a devida autorização; apesar disso ela tem a oportunidade de conhecer Maxon e lhe dizer tudo que está preso em sua garganta quanto ao que pensa do fato dele ter que escolher uma esposa dessa forma. Acho que toda essa ousadia é que mais atrai o príncipe a América e ao longo do livro os dois compartilham de uma cumplicidade muito bonita e tem suas artimanhas para se comunicarem.

Sempre tem pessoas que cruzam nosso caminho a qual nos damos bem e respeitamos, mas tem outras que simplesmente não suportamos nem olhar, porque somos capazes de fazer loucura para se livrar desse incômodo, e com América não é diferente; a Celeste dá vontade de pegá-la e bater nela até cansar as mãos e os pés. Gostei muito da Marlee, mas pelo jeito ela esconde algum segredo por querer ficar até o fim da Seleção. Quanto as outras moças, acho que cada uma vai dando um toque especial à trama e deixando cada vez menos opção para Maxon (Como se ele tivesse dúvida de quem ele realmente quer). Fiquei imaginando o grande salão, as roupas e se tivesse criadas como as de América não me importaria de ficar no palácio, pois teria certeza de poder contar com três grandes amigas.

O amadurecimento de América é bem progressivo e bonito de se ver, principalmente quando Aspen retorna a sua vida de uma forma inesperada  e ela se vê diante de tomar a decisão mais importante de sua vida, porém, essa decisão ficaremos sabendo apenas no segundo livro que estou super ansiosa para ler. O primeiro livro acaba muito bom, pois além de ser classificada para A Elite, o coração de nossa querida personagem está um turbilhão de emoções tanto por Aspen quanto por Maxon.

Como ela é musicista e está envolta em um triângulo amoroso, coloco essa música que é maravilhosa e tem tudo a ver, All I Ask of You de O Fantasma da Ópera.
https://www.youtube.com/watch?v=yfPLh_6ckzI

Letra e tradução
http://www.vagalume.com.br/the-phantom-of-the-opera/all-i-ask-of-you-traducao.html